A
Licenciatura e os Mestrados dão uma nova dimensão educativa e social aos Técnicos Superiores de
Animação. Abrangendo uma diversidade de competências, possibilitam uma maior
dimensão qualitativa e quantitativa no desenvolvimento de projectos sociais,
educativos e culturais.
Não descurando um olhar
analítico sobre as novas oportunidades da intervenção comunitária no domínio Animação
Sociocultural, a Licenciatura e o Mestrado
proporcionam aos Técnicos Superiores de
Animação poder intervir em diversos contextos:
- Centros
culturais, artísticos, museus, bibliotecas e ludotecas;
- Centros
de educação e interactivos de Ciência e Tecnologia;
- Centros
de formação artística;
- Centros
de ocupação de tempos livres;
- Empresas
de divulgação e animação cultural;
- Empresas
de turismo e outras áreas de desenvolvimento regional;
- Espaços
teatrais;
- Extensões
educativas e de lazer de Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia;
- Apoio
artístico e científico a jardins-de-infância e a escolas;
- Instituições
de solidariedade social;
- Parques
naturais e de ciência e tecnologia;
- Quintas
pedagógicas.
Os Mestrados
vem proporcionar o desempenho de funções de criador,
gestor, produtor ou performer em autarquias, fundações, museus, bibliotecas,
empresas de produção artística e cultural, colectividades de ocupação de tempos
livres, serviços educativos, empresas turísticas, instituições particulares de
solidariedade social, centros de educação e formação de adultos, associações
culturais e recreativas, de desenvolvimento local e comunitário, públicas ou
privadas. Este Mestrado complementa as funções dos Técnicos Superiores de
Animação na área artística ao nível de Criador Artístico, Director Artístico,
Performer, Produtor de Eventos Culturais e Programador Artístico.
Indubitavelmente que é importante uma relação de proximidade entre as
instituições de ensino superior e o mercado de trabalho, pois só assim saberão as
necessidades do mercado e, consequentemente, as novas oportunidades de emprego.
Porque o mercado de emprego exige excelência e a excelência exige especialização
em diferentes domínios.
Reunir
um maior conhecimento científico e técnico da área de Animação, contribui para o Animador encontrar uma relação entre a área
educativa e área artística, originando assim uma nova compreensão e solicitação
social e empresarial.
“Um dos desafios mais difíceis e ao mesmo tempo mais desafiantes que se
deparam à formação académica e regulada de animadores socioculturais é a de
como afrontar o encontro entre o dinamismo, a versatilidade, a flexibilidade, a
abertura, a implicação e a “practicidade” que são consubstanciais à tarefa
destes agentes, e as exigências próprias (por vezes, espartilhos) das
estruturas académicas de formação.” (Trilla 2004;p.7)
Só os cursos superiores de Animação Cultural facultam aos
futuros Técnicos Superiores um conjunto de competências técnico-científicas
para a intervenção nas diferentes realidades sociais e culturais, estimulando a
participação activa e atitude crítica.
Os
Técnicos Licenciados, ou detentores de Mestrado, tornam-se, assim, elementos
essenciais no desenvolvimento das instituições e do próprio ser humano,
marcando a diferença entre as licenciaturas e os cursos técnicos profissionais
de Animação.
O Técnico
Superior de Animação necessita de competências instrumentais, interpessoais e
sistémicas que só são adquiridas com uma formação especializada, assim, para se
conseguir exercer um bom trabalho e corresponder aos desafios e expectativas
institucionais, as funções inerentes à animação cultural, que pela sua complexidade técnico-científica e de domínio
de metodologias de investigação e intervenção sociais, devem
ser exercidas apenas por profissionais devidamente “habilitados”, Técnicos Superiores de Animação.
Na
minha experiência profissional actual, no Agrupamento de Escolas Faria
Vasconcelos, como Técnico Superior de Animação, num Projecto TEIP, a Animação
na Escola veio dar uma nova dimensão social, educativa e pedagógica,
tornando-se uma mais-valia para todo o Agrupamento.
Aos
Técnicos Superiores de Animação cabe sensibilizar os alunos para a importância
da Escola não só como um local de aprendizagens formais, mas também onde podem
aprender “brincando”.
Através
de uma metodologia lúdica, são transmitidos valores sociais, afectivos e
comportamentais, desenvolvendo competências sociais e educativas que contribuem
para desenvolver a auto estima e autonomia das crianças.
As
actividades desenvolvidas, nomeadamente as actividades de grupo, permitem a
aceitação e a compreensão da diversidade social e cultural. Através da promoção
e integração social das crianças minimizam-se as situações de marginalização
social e de abandono escolar.
Dispondo
de mais recursos humanos qualificados é possível melhorar o nível de apoio pedagógico
e promover o sucesso educativo.
A
presença de Técnicos Superiores de Animação valoriza socialmente a imagem do
Agrupamento e promove a interacção com os encarregados de educação, e com a
comunidade em geral, minimizando situações de isolamento geográfico e cultural
das crianças.
Ao
nível da Família e comunidade, aumenta a diversidade de serviços e proporciona
mais ofertas educativas: complementa a falta de disponibilidade dos pais; promove
a articulação entre o Agrupamento e a Família e valoriza as actividades dos
seus educandos.
Devido
às metodologias inerentes à Animação Cultural, a integração de Técnicos
Superiores de Animação nas escolas vem dar uma perspectiva positiva da Escola,
associando-a a uma componente mais recreativa – a Escola também pode ser
divertida.
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