Estabelecer Limites com Regras e Valores
Bruno Trindade – Phd Student Doutoramento
btrindade30@hotmial.com
Os pequenos ditadores que dominam os Pais….
A sociedade sofre constantes mudanças culturais, sociais e económicas, e ser pai atualmente é uma tarefa muito exigente. As razões que levam os progenitores a preferir o facilitismo e a fechar os olhos às atitudes incorretas dos seus filhos podem ser as mais variadas; a mais evidente é sem dúvida a falta de tempo de que os pais dispõem para estar com as suas famílias.
Esta falta de conexão familiar e social, agradava pela dependência tecnológica, incita ao isolamento e à carência de ligações humanas, criando um vazio de socialização, de diálogo e respeito, o que poderá trazer consequências graves para o futuro das crianças.
Hoje em dia é mais simples desculpar e evitar abordar assuntos delicados; as birras deixam de ser ocasionais e passam a ser frequentes porque dizer não às crianças, estabelecer limites bem definidos e fazê-las obedecer a regras, dá trabalho e expõe as fragilidades dos pais.
Atualmente são as crianças que se impõem e dominam a negociação das situações que pretendem e os pais perdem o papel de autoridade e de respeito. Estamos a criar crianças incapazes de identificar e respeitar limites, que não sabem ouvir um não, que são “pequenos imperadores” que dominam e controlam os atos dos seus pais. Mimados, negociando situações com “objetos” e com “birras”, estas crianças revelam falta de valores, de abraços, de carinho, de atenção, de diálogo e de firmeza.
Existe uma falta de “honestidade” e de “disciplina” dos pais para os filhos. Não se repreende em casa nem na rua. A repreensão é um modelo educativo assente no estabelecimento de limites, regras e valores. Para não me evitar conflitos “fecham-se os olhos” a situações complexas, depois disto os pais desabafam e dizem que “já não sabem o que fazer com eles”. Algo falhou e continua a falhar!
A repreensão é vista como uma exposição da fragilidade familiar. As crianças percebem-no e usam-no para testarem os limites. Cabe ao adulto estabelecer esses mesmos limites e regras. Educar é um trabalho duro e árduo, onde as regras, os limites, os valores e a paciência são acompanhados de perseverança para “colher frutos” no futuro, criando cidadãos com valores.
Numa corrida desenfreada, procuramos soluções fáceis, ou que alguém resolva os nossos problemas, confundindo até “hiperatividade” com falta de regras, de Limites e de valores. Esperamos que nos digam o que fazer, que nos façam um diagnóstico para estas crianças com comportamentos desadequados, quando na verdade sabemos como proceder, mas falhámos.
Sabemos fazer os diagnósticos na vida dos outros, mas não os fazemos quanto às nossas próprias falhas. Conseguimos pronunciar-nos sobre os problemas dos outros, com frases feitas: “se fosse meu filho eu sei o que fazia” …, mas temos “telhados de vidro”. E todos desejamos fazer diferente, porque a estratégia não está a resultar para melhorar o processo educacional.
E procuramos frequentemente noutras pessoas, nos profissionais de vários setores educativos, a justificação das nossas falhas, para podermos desculpar as nossas faltas de regras, de firmeza, de diálogo, para sermos ilibados das nossas falhas.
Procuramos desculpa, mas se “os filhos são nossos”, as regras, as normas os valores têm de vir dos pais, a quem também cabe avaliar as metodologias educativas, porque são os principais elementos da educação dos filhos.
Procuremos antes brincar e definir os limites sem “facilitar”. É desgastante, mas ninguém disse que educar era fácil! Dá trabalho! A firmeza e a persistência são ingredientes para o processo de construção do ser humano para o futuro.
Bruno Trindade – Phd Student Doutoramento
btrindade30@hotmial.com
Os pequenos ditadores que dominam os Pais….
A sociedade sofre constantes mudanças culturais, sociais e económicas, e ser pai atualmente é uma tarefa muito exigente. As razões que levam os progenitores a preferir o facilitismo e a fechar os olhos às atitudes incorretas dos seus filhos podem ser as mais variadas; a mais evidente é sem dúvida a falta de tempo de que os pais dispõem para estar com as suas famílias.
Esta falta de conexão familiar e social, agradava pela dependência tecnológica, incita ao isolamento e à carência de ligações humanas, criando um vazio de socialização, de diálogo e respeito, o que poderá trazer consequências graves para o futuro das crianças.
Hoje em dia é mais simples desculpar e evitar abordar assuntos delicados; as birras deixam de ser ocasionais e passam a ser frequentes porque dizer não às crianças, estabelecer limites bem definidos e fazê-las obedecer a regras, dá trabalho e expõe as fragilidades dos pais.
Atualmente são as crianças que se impõem e dominam a negociação das situações que pretendem e os pais perdem o papel de autoridade e de respeito. Estamos a criar crianças incapazes de identificar e respeitar limites, que não sabem ouvir um não, que são “pequenos imperadores” que dominam e controlam os atos dos seus pais. Mimados, negociando situações com “objetos” e com “birras”, estas crianças revelam falta de valores, de abraços, de carinho, de atenção, de diálogo e de firmeza.
Existe uma falta de “honestidade” e de “disciplina” dos pais para os filhos. Não se repreende em casa nem na rua. A repreensão é um modelo educativo assente no estabelecimento de limites, regras e valores. Para não me evitar conflitos “fecham-se os olhos” a situações complexas, depois disto os pais desabafam e dizem que “já não sabem o que fazer com eles”. Algo falhou e continua a falhar!
A repreensão é vista como uma exposição da fragilidade familiar. As crianças percebem-no e usam-no para testarem os limites. Cabe ao adulto estabelecer esses mesmos limites e regras. Educar é um trabalho duro e árduo, onde as regras, os limites, os valores e a paciência são acompanhados de perseverança para “colher frutos” no futuro, criando cidadãos com valores.
Numa corrida desenfreada, procuramos soluções fáceis, ou que alguém resolva os nossos problemas, confundindo até “hiperatividade” com falta de regras, de Limites e de valores. Esperamos que nos digam o que fazer, que nos façam um diagnóstico para estas crianças com comportamentos desadequados, quando na verdade sabemos como proceder, mas falhámos.
Sabemos fazer os diagnósticos na vida dos outros, mas não os fazemos quanto às nossas próprias falhas. Conseguimos pronunciar-nos sobre os problemas dos outros, com frases feitas: “se fosse meu filho eu sei o que fazia” …, mas temos “telhados de vidro”. E todos desejamos fazer diferente, porque a estratégia não está a resultar para melhorar o processo educacional.
E procuramos frequentemente noutras pessoas, nos profissionais de vários setores educativos, a justificação das nossas falhas, para podermos desculpar as nossas faltas de regras, de firmeza, de diálogo, para sermos ilibados das nossas falhas.
Procuramos desculpa, mas se “os filhos são nossos”, as regras, as normas os valores têm de vir dos pais, a quem também cabe avaliar as metodologias educativas, porque são os principais elementos da educação dos filhos.
Procuremos antes brincar e definir os limites sem “facilitar”. É desgastante, mas ninguém disse que educar era fácil! Dá trabalho! A firmeza e a persistência são ingredientes para o processo de construção do ser humano para o futuro.
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